Momento Coolbooks na Feira do Livro

Este ano, pela primeira vez, tive a oportunidade de trabalhar na Feira do Livro de Lisboa. Para uma escritora, para além de escrever, só mesmo estando rodeada de livros e de pessoas que adoram livros é que eu podia ser feliz.

E foi assim que me senti nas duas semanas de feira.
 
No primeiro Momento Coolbooks, dia 9 de junho, acabei por assistir de longe visto do meu pavilhão. Este momento contou com a presença de António Bizarro, Catarina Janeiro, Célia Godinho Lourenço, Fernando P. Fernandes, Humberto Duarte e Isabel Tallysha-Soares.
 
Acabei por conhecer finalmente o Vítor e o Nuno, com quem apenas tinha tido o prazer de conversar por email durante todo o processo de edição dos meus livros, «Sombras» e «Chamas», assim como algumas conversas sobre As Crónicas de Shaolin, um projeto ainda em progresso. E até mesmo a partilhar uns dedos de conversa sobre artes marciais.
Apresentacao de autores na Feira do Livro Momento Coolbooks
Felizmente, no dia 16 de junho estava de folga para participar no seguinte Momento Coolbooks. E os magníficos sete foram: Ana Gil Campos, Ana Nunes, Olinda P. Gil, eu mesma, Rita Inzaghi, Tiago Rendeiro de Matos e Tomás Borges de Castro. 
 
O tema escolhido para criar uma vibe cool e gerir uma conversa entre os autores e possivelmente ouvintes do momento foi “Entre a realidade e a ficção”.
 
Foi bastante interessante ouvir todos os escritores a contar de que forma as suas vidas pessoais acabaram por influenciar os seus livros. 
 
E porque me sentia tão nervosa, e tinha medo de bloquear sem saber o que dizer escrevi uma pequena cheat sheet com os meus pontos de partida para a conversa que posso agora transcrever aqui.
  • Comecei a escrever «Sombras» quando estava a recuperar de uma pequena depressão causada por insónias e lembro-me de pensar “o que seria pior que isto?” E foi assim que Lilly surgiu, e algo de verdadeiramente terrível lhe acontece.
  • «Sombras» funcionou como uma espécie de terapia onde eu avaliava os sentimentos que me assolavam e os transpunha em monstros e demónios e os receios que a minha personagem sentia.
  • Para quem conhece, sabe que Lilly é uma rapariga que deseja ser impulsiva, mas está sempre preocupada com o que irão pensar. Ela ajudou-me a sair da minha concha e, ao invés da minha vida pessoal ditar o que acontecia nos meus livros, os meus livros deram-me a coragem para colocar a minha ficção na minha vida real.
No final, os autores partilharam de um pequeno copo de vinho, à medida que nos fomos conhecendo e descobrindo as aventuras que as nossas vidas trazem e temas de conversa como lidamos com bloqueios de escrita e outras realidades da vida de escritor. Quase todos ficámos surpresos ao descobrir que os processos eram os mesmos. Sentimo-nos tão sozinhos na nossa mente fértil que só mesmo quando saímos e descobrimos pessoas como nós é que nos apercebemos que não estamos assim tão sós!
 
Para quem tem curiosidade pode visitar a minha página de Facebook e ver alguns dos vídeos e das fotografias do momento.

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