Livros Para Totós e Sheldon Cooper

Comprei recentemente um livro chamado “Writing a Novel and Getting Published For Dummies” (aquela colecção de Isto ou Aquilo Para Totós).Podem rir, mas aquela coisa ajuda.
 
Mesmo que muitos de vós estejam menos inclinados para aceitar um livro intitulado de “Para Totós” como sendo uma fonte viável ou um livro a respeitar, deixem-me dizer-vos que não podiam estar mais enganados.
 
Esses livros têm imensas páginas e são escritos por profissionais, muito dificilmente seria o tipo de livro que uma pessoa mesmo burra alguma vez leria.
 
Além disso, a linguagem é leve e simples. E, sinceramente, depois de passar um dia inteiro em frente do computador a vasculhar ideias originais dentro do meu cérebro, ou passar o dia inteiro na escola, ou depois de ter lido um livro que até é interessante, mas cuja linguagem é muito florida e faz-me perder imensas vezes na descrição, a última coisa que eu quero é estudar um livro complicado sobre como escrever.
 
Existem pessoas que são um bocado mais snobs quanto ao tipo de linguagem que gostam de ler, e isso é óptimo, eu adorava conseguir ser assim. Mas como não sou, preciso de ler algo que acompanhe a minha linha de raciocínio e não um livro em que leio três vezes a mesma frase, e mesmo assim ainda não consegui perceber o que lá está escrito porque preciso de parar para me concentrar.
 
Deixei-me perguntar-vos: se vocês tivessem o Dr. Sheldon Cooper a ensinar-vos Física — lembrem-se que ele vai ensinar até a etimologia da  palavra e isso é desnecessário para aprender física — ou tivessem um professor que engole o hélio do balão e fala como uma voz aguda para vos explicar a ciência por detrás disso, ou brinca com ímanes para mostrar que dois pólos com a mesma carga não se podem juntar, qual é que escolheriam? 
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Ok, pergunta estúpida. Toda a gente escolhia o Sheldon porque, bem é o Sheldon Cooper. Mas muito provavelmente iríamos todos manter-nos muito mais concentrados na matéria e perceber mais de física com o professor Hélio.

Porquê? Porque a simplicidade com que ele ensina mantém-nos mais interessados no que ele tem para dizer.

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