Usa os teus ídolos como inspiração, mas não compares

Se já leste alguns dos conselhos deste blog, já deves ter lido aquele que diz para começares a estudas os textos dos teus autores preferidos.

E, embora devas sim estudar como eles fazem para provocar tanta emoção com as palavras, estudar como fazem a cenas motivantes ou como transcrevem a química entre personagens no papel. Seria uma péssima ideia se te comparesses com eles.

Lembra-te que tu estás a começar, eles são provavelmente os teus preferidos porque já estão establecidos como escritores. Têm experência. Se começares a comparar estas a preparar-te para a deceção (ou para muito stress ao tentares atingir o mesmo nível logo de início). 

No meu caso, a minha ídolo é uma mulher de 48 anos que escreveu a saga mais conhecida de todos os tempos: J. K. Rowling. E apesar de ser aceitável aspirar ser como ela, também é aceitável se não for (que como é óbvio, não sou). Rowling tem muito mais experiência de vida que pode usar como fonte de inspiração, mais maturidade para ser disciplinada na sua escrita e também muito mais anos de treino. Já para não falar que a mulher é uma deusa da escrita e deve ter feito algum contrato com o diabo para poder ter aquela montanha de inspiração. 

Mas não nos podemos ir abaixo só porque não somos como os nossos escritores preferidos. A verdade é que maior parte do que atingimos é com 1% de talento e 99% de trabalho. Os nossos ídolos já foram como nós, e se foram com a idade de 9 anos ou de 20 não interessa, quando começaram não pararam até chegarem a algum lado.
 
“Um escritor profissional é um amador que não desistiu.” Tenho isso escrito num sticker na parede do meu quarto.
 
Os nossos ídolos são fontes de inspiração e um incentivo para nos tornarmos melhores, não para nos pôr deprimidos. E a melhor maneira de avaliarmos os nossos progressos é lendo as histórias que escrevemos quando começámos com as histórias que escrevemos agora. 
 
A minha primeira história foi sobre sete princesas que viviam numa ilha, derrotam bruxas e vivem felizes para sempre com sete cavaleiros, mas eu tinha nove. Acho que já progredi um bocado desde essa altura.

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